Marcha da Maconha provoca lentidão no Centro de SP ‎

A Marcha da Maconha, realizada no último sábado no Centro de São Paulo, provocava lentidão em diversas ruas da cidade por volta das 18h20.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão chegava a 18 km, o que representa 2,1% dos 868 km de vias monitoradas. O índice é o dobro da média para o dia e horário.

Na Avenida Paulista, onde a marcha começou por volta das 16h20, foram interditadas duas faixas no sentido Consolação. A via já havia sido liberada à noite, mas a lentidão chegava a 1,6 km.

Em seguida, a marcha seguiu pela rua Augusta, virou na Dona Antônia de Queirós, e chegou à Consolação, que permanecia interditada no horário no sentido centro. A rua tinha 1,1 km de lentidão no horário.

A manifestação ainda seguiu pela avenida Ipiranga e terminou na praça da República.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 2.000 pessoas participam do evento. Os organizadores falam que o público chegou próximo dos 5.000.

MARCHA

Os manifestantes se concentraram no vão livre do Masp (Museu de Arte de SP), onde ocorreram palestras e intervenções artísticas, desde o começo da tarde.

A marcha começou por volta das 16h20, horário mundialmente associado ao consumo e a manifestações pró-legalização da maconha.

O lema deste ano é “Basta de guerra: por outra política de drogas”. Os organizadores querem evitar problemas como os do ano passado, quando a marcha terminou em confronto com a polícia.

Policiais que estão no local desde o início da tarde avisaram aos organizadores que permitiriam cânticos e palavras de ordem, mas não o consumo de maconha. A reportagem, porém, constatou que o consumo foi generalizado entre os manifestantes.





A PM filmou toda a manifestação com um equipamento conhecido como “olho de águia” –uma câmera de alta resolução instalada em helicópteros que grava e transmite imagens para postos de comando. O mesmo recurso é usado em eventos com grande público, como a Parada Gay.

DIREITO

A marcha ocorre após decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiram manifestações pela legalização da droga.

A PM diz que atua para garantir os limites estabelecidos pelo STF: é proibido “incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de drogas” e crianças e adolescentes não podem ser “engajados na marcha”. A PM também afirma que acordo entre a Promotoria e a prefeitura proíbe eventos como a marcha na Paulista, mas que vai atuar para garantir o “o direito ordeiro de manifestação”.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que não foi informada sobre o evento, por isso não elaborou esquema prévio para o trânsito. Mas a companhia está atuando na região da marcha com um plano de contingência, que tem acompanhamento de agentes, bloqueios e desvios, além de orientação aos motoristas e pedestres.

Manifestações semelhantes já foram realizadas neste ano em cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Para hoje foram marcadas marchas em Curitiba, Manaus, Salvador e Petrópolis (Rio de Janeiro).

Neste ano, a marcha paulistana arrecadou R$ 15 mil pela internet, dinheiro que foi usado na compra de instrumentos de bateria, faixas, rádios de comunicação e material de divulgação.

Fonte: Jornal de Floripa





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